domingo, 10 de julho de 2011

E eis o príncipe... Ops! Plebeu, da história: Phillip!

Oi, gente!! Tudo bem com vocês?
Primeiramente tenho que agradecer a todos que vêm divulgando, comentando, pedindo parceria... É incrível, obrigada!! E fico muito feliz de ver mais rostinhos surgindo nos seguidores  *-*
Não esqueçam: também estou no Twitter agora! (acreditam que eu nunca tinha twittado antes?? rsrs)
Ah, e o booktour está vindo, aguardem!

Mas bom, estou aqui hoje para apresentar a vocês o Phil, nosso querido personagem masculino que chega com tudo na vida de Clara. Decidi colocar um trechinho do livro pra vocês irem sentindo... Vamos lá!

 "
SEM NEM OLHAR PARA TRÁS, continuamos caminhando. Chegamos até onde antes estava Laysa e ele me soltou.
- Sabe voltar? – Phil me perguntou.
- Se ao menos eu ainda tivesse meu cavalo, saberia.
Phil, que acabara de perceber que a égua fugira, olhou para os lados.
- Ela fugiu?
- Diria que voltou para casa sozinha.
- E ela sabe retornar?
- Deve saber. Está acostumada a andar por essas bandas. Ela que me guiou enquanto estive distraída.
- Mas não é uma égua muito corajosa. E nem companheira.
- É verdade – eu disse, rindo. - Me abandonou completamente.
- Então suponho que precisará de ajuda para encontrar o caminho de volta para o palácio.
- É, suponho que sim.
- Então devo acompanhá-la. Vamos?
- E a sua lenha? Não vai ficar tarde para você voltar?
- Não há problemas. Minha casa fica perto da floresta. Ninguém costuma andar por aqui mesmo. A lenha pode esperar mais um pouco.
Sorri e inclinei a cabeça.
- Então está bem. Me acompanhe se quiser.
- E mesmo que não quisesse. Porque senão teria de deixá-la dormir por aqui mesmo, e o rei não gostaria nada disso.
- Eu também perderia o baile.
- É verdade... o baile. Aí sim que ele ficaria ainda mais descontente.
Sorrimos um para o outro e começamos a caminhar.
- Que pena que no momento estou sem um cavalo. A caminhada pode ser longa – ele disse.
- Só espero que eu chegue na hora certa. Antes das sete.
- É difícil garantir. A não ser que você ande mais rápido.
- Mais rápido?! – perguntei incrédula, segurando a barra do vestido, que arrastava no chão. – Já olhou para o que estou vestindo? É difícil andar mais rápido com isso! A culpa é sua por não ter um cavalo.
- Minha culpa? Quem é que tem a égua mais medrosa do mundo?
- Não xingue a Laysa!
- Se você não me xingar...
- Não estou te xingando.
- E nem eu a seu cavalo.
- Então estamos quites. – E continuei caminhando, meio ofendida, lutando para não enroscar a roupa nos galhos e raízes. Phil podia ser bonito, mas não tinha senso de etiqueta e nem jogo de cintura!
Caminhamos mais uns minutos em silêncio, até que ele abriu a boca para falar, quando me viu rasgando uma parte da saia ao ficar embolada em uma planta.
- Desculpe o que eu disse. Deve ser mesmo difícil andar com esse vestido. Por que não tira um pouco desse volume?
- Desculpe te decepcionar, mas não será hoje que o senhor vai me ver de roupa de baixo.
- Perdão, foi só uma ideia.
Então eu parei na frente dele, com as mãos na cintura, fazendo-o interromper a caminhada também.
- Quer saber, acho que pode até ter razão. Tirar essa grande anágua pode resolver, e quem sabe rasgar a parte de baixo, para encurtar mais...
- Rasgar? Está louca? Não será bom para sua reputação verem-na mal vestida.
- Por acaso olhou para mim? Já estou mal vestida.
- Está apenas suja.
- E existe alguma diferença?
Antes que ele pudesse protestar, rasguei uma parte mais embaixo, o que deu uma leve encurtada, impedindo pelo menos que a barra arrastasse no chão. Estava nos meus tornozelos agora.
- Viu como não foi tão ruim assim? Esse vestido já não serviria mais mesmo, depois de hoje...
Ele deu de ombros, continuando a andar.
- Você é incomum, Sofia.
- O que quer dizer com isso? – perguntei, seguindo-o.
- Quer dizer que você não é como nenhuma outra moça que já conheci.
- Em que sentido?
- No sentido de... sei lá, pensar nas coisas. Executá-las. Não ligar para reputações ou com o fato de ser uma princesa e ter que estar lidando com as aparências o tempo inteiro. Você é simplesmente você. Não precisa se esforçar para ser...
- Para ser o quê? - incentivei-o a continuar.
Ele pensou, talvez com vergonha de dizer. Até que respondeu:
- Autêntica.
Senti que não era só o que ele queria dizer, a palavra certa.
Mas deixei quieto e continuei a andar ao seu lado. Calada, talvez esperando ele completar o que começara a dizer.
 

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